Em nossa atual “Era Digital”, pode ser que você se pergunte o que está atrás disso tudo.
Você faz a instalação de vários aplicativos no ceular e no computador, quase todos gratuitos. Vê vídeos e tutoriais no YouTube. Faz pesquisas no Google. Monta seu círculo de amigos no Facebook e redes sociais. Lê artigos gratuitos de jornais renomados.
Então quem paga então pode tudo isso?
Bem, na verdade, nós mesmos.
É como se existisse um imposto invisível, chamado publicidade.
Atrás das estruturas de blogs amadores, jornais profissionais, redes de televisão e programas inteiramente criados para Internet (YouTube, Netflix) giram pagamentos multimilionários em propaganda, encoberto pela oferta de serviços, produtos e aplicativos sem custo para o usuário.
Sim, pode ser que você não consuma nada do que aparece nas propagandas. Mas, será mesmo que, no fundo, isso não modifica seus padrões de consumo?
É isso que pretendem os anunciantes, que são as empresas que pagam pela publicidade.
EFEITO GOOGLE:
Não é só isso. O uso de mídias digitais mudou a forma da propaganda também. Ela é direcionada, parece já saber o que você gosta.
Isso tudo é baseado nas Redes Sociais (como Facebook) e padrões de visitas na Web (como pesquisas feitas no Google ou vídeos assistidos no YouTube). Eles criam padrões sobre você e sobre milhões de outros usuários.
E aí as empresas podem direcionar melhor suas propagandas, para atingir o maior número de pessoas.
INVASÃO DE PRIVACIDADE?
De certa forma, você pensará que tudo ficou “inteligente”, já que você irá ter as propagandas de coisas que lhe interessam. De outro lado, você também se questionará: isso não é invasão de privacidade?
Você pode impedir isso, se não entrar em redes sociais e se usar o modo privado de navegação (a maioria dos programas permite navegar de forma privada, ou seja, sem que você deixe rastros na internet).
Mas isso não é motivo para neurose. Propagandas estão ao redor de nós de muitas formas. Caberá a cada um filtrar e realizar o julgamento sobre suas escolhas de consumo, seja em produtos ou cultura.
Mas pode não haver escapatória: na Internet, tudo é questão de publicidade.