Após a recomendação de ver o filme MINIMALIST, pode-se ver que sua teoria pode ser aplicada em muitos aspectos da via, incluindo VIAJAR.
CONCEITO
Minimalista pode ser descrito como um movimento social que prega a simplicidade de estilo de vido, incluindo a aquisição de bens de consumo em geral, ou seja, evitar gasto supérfluo. Como resultado, o Minimalista ressalta que o despreendimento dos bens materiais gera maior conscientização da própria pessoa e redução de stress, aumenta o foco no relacionamentos pessoais e, por fim, um aumento no nível de felicidade.
O stress seria causado pela busca incessante de dinheiro que propicie a aquisição dos bens materiais, que muitas vezes você não precisa, ou que é levado a crer que precisa em razão de propagandas.
A idéia também é reduzir o impacto no meio-ambiente, já que muitos estudos apontam a saturação do uso dos recursos naturais. Deve-se, portanto, utilizar fontes renováveis de energia, que tenha o menor impacto poluente no planeta e reduzir o consumo de bens que não tenham utilidade.
VIAJANTE MINIMALISTA
O conceito mais comum difundido pela Internet é a simplificação da bagagem.
Carregar menos itens na mala, o que parece simples, mas é um passo às vezes difícil de tomar.
Muitos viajantes já fazem isso sem ter a menor idéia do que seria Minimalista. Simplesmente o fazem porque não gostam de carregar bagagem.
É essa mesma idéia a ser aplicada em outros aspectos do cotidiano: que você tenha uma bagagem leve e útil.
BAGAGEM
Muitos não conseguem decidir sobre peças de roupa, calçados. Erram na quantidade. Mas isso atrapalha na hora de fazer a própria mala, antes de partir, e depois carregar esse excesso de peso pelos traslados. Além disso, quanto mais peso mais se gasta em energia do viajante e combustível.
O que fazer: escolher peças básicas que podem ser combinadas entre si. Não precisa ser monótono, podem ser coloridas e até estampadas, mas precisam combinar.
Produtos de higiene: coloque em frascos tamanho viagem, ao invés de levar o frasco inteiro. Não descuide de verificar se não tem risco de vazar.
Sapatos: devem ser confortáveis. Se precisará ir a evento mais chique, procure sapatos leves.
LEIA MAIS: Se tiver curiosidade sobre isso, procure na internet por Project 333, para ter algumas idéias inspiradoras de looks minimalistas. Com certeza você se tornará um viajante bem mais confiante.
Como aplicar em outros aspectos da viagem
A VIAGEM
Pessoas deixam de viajar por acharem tudo complexo demais.
Não é, basta simplificar sua mente. Você apenas precisa de: um pouco de dinheiro, passaporte, dias de férias, uma passagem, um hotel. O resto você pode se virar, não importa as barreiras de língua, grau de organização, etc. A experiência que você vai ter é o mais importante.
PLANEJAMENTO
Muitas vezes focamos o roteiro, os preparativos e não a viagem em si. Ou seja, a viagem vira apenas um resultado subsequente do planejamento, mas o esforço foi tanto que você não mais aproveita a viagem.
O que fazer: planejar é importante pois economiza tempo (e tempo é dinheiro), mas seu objetivo deve ser a viagem e não o planejamento. Quando seus planos te engessam a ponto de não mais aproveitar a viagem e causam mais estresse, aí quer dizer que você está errando.
Dica: o cronograma deve ser flexível. Faça a lista de locais que ficam mais próximos, mas deixe opções abertas conforme estiver o clima do dia. Lembre-se de não colocar mais de 2 museus no mesmo dia, pois seria muito cansativo.
O MOMENTO
Se pensarmos que viajar é conhecer lugares, então deve-se aproveitar o momento.
Preocupe-se menos com registros de vídeo e foto, pense no lugar onde está, o que o lugar lhe traz, quais sentimentos. Compartilhe essas emoções com aqueles que estão a seu redor.
Se quer aproveitar mais sua viagem, utilize os recursos tecnológicos para aprender mais sobre a história do lugar. Sempre que há uma história envolvida, você se lembra melhor do lugar, das pessoas.
Lembranças e souvenirs
Comprar souvenir pode ser divertido, mas apenas compre se você realmente deseja ter uma seção de bibelôs em sua casa. Há um exagero nas atrações turísticas de muitos países em relação aos souvenires: tudo é motivo para consumir.
Não compre itens que não gostou (apenas porque “essa coisa feia era a única coisa que eu podia comprar”). Lembre-se: você não precisa de um souvenir para se rememorar que você visitou o local.
Procure itens que realmente simbolizem o local. Hoje há muitos itens de souvenir feitos na China que são feitos em grande quantidade e iguais para várias atrações turísticas. Só muda o nome da cidade. Eles não representam, genuinamente, o local.
São mais valiosos os itens feitos por artesãos ou empresas locais; que tenha alguma figura ou personagem importante ao local; que tenha uma característica única.
Por exemplo, uma miniatura do Torre Eiffel sempre lembrará Paris, mas pense que esse ícone da arquitetura tem miniaturas disponíveis em qualquer lugar.
Também vale para compras de itens diversos. Tente comprar comidas e produtos locais, aqueles pelos quais o local se tornou popular, que não podem ser achados em outro lugar (muitas grifes famosas vendem no mundo todo). E sempre, sempre compre itens dos quais você realmente tem interesse em adquirir.
OBSERVAÇÃO FINAL
Esse movimento que liberar as pessoas de um consumo desenfreado, porém não é proibitivo consumir. Isso, é claro, faz parte dos tempos modernos. Você apenas deve ter consciência daquilo que consome e do que quer. Nas viagem, pergunte-se o que você realmente quer ver, não apenas o que está escrito nos guias de viagem.
Muitas vezes, lemos que um X local é imperdível, mas você sabe que não irá gostar porque viu as fotos e leu sobre o local. Não vá.
É importante ter mente aberta quando vamos viajar, mas aprenda a estabelecer limites também.